Sobre A Auto Imagem
A auto imagem leva à dor
Por que dividir problemas em maiores ou menores? Não é tudo um problema? Por que fazê-los problemas pequenos ou grandes, problemas essenciais ou não essenciais? Se pudermos compreender um problema, entrar nele muito profundamente – seja ele grande ou pequeno - então descobriríamos todos os problemas. Esta não é uma resposta retórica. Pegue qualquer problema: raiva, ciúme, inveja, ódio; conhecemos todos eles muito bem. Se você entrar na raiva muito profundamente, não apenas tocar levemente, então o que está envolvido? Por que a pessoa está raivosa? Porque está ferida, alguém disse uma coisa indelicada; e quando alguém diz uma coisa lisonjeira, você fica satisfeito. Por que você está ferido? Presunção, não é? E por que há presunção? Porque a pessoa tem uma ideia, um símbolo de si mesma, uma imagem de si mesma, o que se deveria ser ou o que não se deveria ser. Por que a pessoa cria uma imagem de si mesma? Porque ela nunca estudou realmente o que ela é. Nós pensamos que deveríamos ser isto ou aquilo, o ideal, o herói, o exemplo. O que desperta a raiva é que nosso ideal, a ideia que temos de nós mesmos, é atacada. E nossa ideia sobre nós mesmos é nossa fuga do fato do que somos. Mas quando você observa o fato real do que você é, ninguém pode feri-lo. Então, se a pessoa é mentirosa e lhe dizem que ela é mentirosa, isto não significa que ela é ferida; é um fato. Mas quando você tem a intenção de não ser mentiroso e dizem que você é, então você fica irado, violento. Então estamos sempre vivendo num mundo idealizado, um mundo de mito e nunca no mundo da realidade. Para observar o que é, ver isto, realmente se familiarizar com isto, não deve haver julgamento, nem avaliação, nem opinião, nem medo.
A auto imagem leva à dor
Por que dividir problemas em maiores ou menores? Não é tudo um problema? Por que fazê-los problemas pequenos ou grandes, problemas essenciais ou não essenciais? Se pudermos compreender um problema, entrar nele muito profundamente – seja ele grande ou pequeno - então descobriríamos todos os problemas. Esta não é uma resposta retórica. Pegue qualquer problema: raiva, ciúme, inveja, ódio; conhecemos todos eles muito bem. Se você entrar na raiva muito profundamente, não apenas tocar levemente, então o que está envolvido? Por que a pessoa está raivosa? Porque está ferida, alguém disse uma coisa indelicada; e quando alguém diz uma coisa lisonjeira, você fica satisfeito. Por que você está ferido? Presunção, não é? E por que há presunção? Porque a pessoa tem uma ideia, um símbolo de si mesma, uma imagem de si mesma, o que se deveria ser ou o que não se deveria ser. Por que a pessoa cria uma imagem de si mesma? Porque ela nunca estudou realmente o que ela é. Nós pensamos que deveríamos ser isto ou aquilo, o ideal, o herói, o exemplo. O que desperta a raiva é que nosso ideal, a ideia que temos de nós mesmos, é atacada. E nossa ideia sobre nós mesmos é nossa fuga do fato do que somos. Mas quando você observa o fato real do que você é, ninguém pode feri-lo. Então, se a pessoa é mentirosa e lhe dizem que ela é mentirosa, isto não significa que ela é ferida; é um fato. Mas quando você tem a intenção de não ser mentiroso e dizem que você é, então você fica irado, violento. Então estamos sempre vivendo num mundo idealizado, um mundo de mito e nunca no mundo da realidade. Para observar o que é, ver isto, realmente se familiarizar com isto, não deve haver julgamento, nem avaliação, nem opinião, nem medo.
(J. Krishnamurti, The Book of Life)
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