terça-feira, 26 de abril de 2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A VISÃO HOLÍSTICA E O MOMENTO PRESENTE

 






Diante das últimas conquistas da micro-física na década de 80, não faz mais sentido questionar-se sobre a existência ou não existência de um "componente espiritual", na totalidade ontológica do ser humano,já se sabe  que o universo chamado "material" é imponderável em sua essência, o que estabelece,implicitamente a imponderabilidade do próprio corpo físico do homem.

Para quem não conhece o assunto,ele soa com sabor dos contos de fada,sensação aliás ,que foi experimentada pela maioria dos físicos nas primeiras décadas do século XX, quando manifestaram uma total perplexidade, diante de  suas próprias descobertas.

"Todas as minhas tentativas para adaptar os fundamentos  teóricos  da Física esse novo tipo de conhecimento fracassaram profundamente. Era como se o chão tivesse sido retirado de meus pés,e não houvesse  em qualquer outro lugar,uma base sólida sobre a qual pudesse construir algo...("Heisenberg)
 "...Não é possível que a natureza seja assim tão absurda...(" Bohrn)

Fritjof Capra em seu admirável livro "O Tao da Física",demonstrou numa série de colocações ,as analogias entre o pensamento científico moderno e a experiência mística  da antiguidade oriental, mormente o Hinduísmo,Budismo e Taoismo.

Mas não é só. 
Também o pensamento da remotíssima antiguidade egípcia não desconhecia  o princípio da unidade cósmica com base na presença infinita da luz, como sentenciaram Hermes Trismegistos e Pta-Hotep.

A tendência holística de ("todo", " totalidade", abrangência conceptiva  da realidade) do momento, se estabelece como uma promessa de reabilitação da pesquisa filosófica em sua significação real, ou seja , não vinculada às dialéticas de caráter sociológico,que se constituíram no modismo das três últimas décadas.Apresenta-se agora como uma autêntica diretriz para a criação de um paradigma epistemológico, capaz de transcender de fato tudo que o pensamento humano conseguiu formular até aqui.
   
Não se trata  mais de criar esquemas cognoscitivos baseados nas reflexões  de "A" ou de "B", mas de sintetizar toda experiência humana manifestada nos quatro frutos  fundamentais  da "árvore do conhecimento":a reflexão filosófica, a pesquisa científica, a experiência mística das tradições e a mensagem emocional das artes em suas múltiplas manifestações.
Esta possibilidade marca uma nova fase de concepção da vida e do universo, quebrando todas as barreiras que impedem a compreensão entre as diferentes culturas e dialéticas. Aquilo que correspondendo a precisão etmológica do termo, pode hoje, ser realizado de novo, através  da construção de pontes sobre todas as fronteiras do entendimento e do sentimento: Não existe mais a possibilidade, ou melhor, a necessidade de transferir-se para os territórios da "fé" ,as questões referentes às ansiedades metafísicas, próprias do ser humano.
       
A culminância científica do momento,acontecia no corredor da micro-física com a conclusão de que o "observador interfere nos detalhes da observação , isto ,especificamente aplicado aos painéis  reveladores do comportamento das partículas sob aceleração ciclotrônica ,veio lançar por terra  todos os antigos esquemas formulados para "explicar o mundo", quer pelos cientistas, quer pelos filósofos. Chegou-se, afinal, a conclusão de que a verdadeira  atitude mística é aquela que mais se aproximou da verdade acerca  da fenomenologia cósmica, aquela que melhor conseguiu penetrar no âmago de tudo o que se encontra além do sensorialmente perceptível.
        
Há porém ,"mística" e "Mística" e é aí onde reside o perigo de uma nova fragmentação,desta vez irreparável , já que  se o novo paradigma holístico imiscuir-se com temas redutivos , com roupagens  conceptualistas, onde são formulada "explicações científicas" para transcendental, tenderá fatalmente  a promover novas visões redutivas, anulando a sua importância de síntese de todo trabalho humano em busca da verdade.
        
Várias instituições supra-religiosas, já despontaram no mundo, endossando esta nova posição.São as várias  escolas indianas da Yoga total, as organizações transcendentais da Califórnia , nos Estados Unidos, como o Instituto Esalem, a Findhorn, na Escócia e , principalmente a Arte Mahikari, do Japão  que além do trabalho terapêutico com a manipulação da "Luz da 7ª dimensão" vem  desenvolvendo uma pesquisa mundial para detectar o remotíssimo passado nos rendilhados insólitos do presente.

Alódio Tovar

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