domingo, 20 de outubro de 2013

COMO PEIXES QUE NADAM NO OCEANO...Masaharu Taniguchi





COMO PEIXES QUE NADAM NO OCEANO...

[...] É inútil tentar extinguir as trevas da mente com a mente em trevas. Mas basta manifestar a mente repleta de luz para que as trevas da mente desapareçam por si mesmas. Nenhum pensamento além do pensamento de luz (pensamento positivo) tem o poder de eliminar as trevas da mente (pensamentos negativos). Alcançando-se a compreensão de que "as trevas da mente" não existem, elas se extinguem por si mesmas. Alcançando-se a compreensão de que "a doença não existe", ela se extingue por si mesmo. A "mente em ilusão" deseja evitar a doença, enquanto que a "mente que despertou para a Verdade" afirma que a doença não existe. A doença começa a desaparecer a partir do instante em que se compreende claramente que ela não existe. Compreender que a doença pode melhorar ou piorar conforme a atitude mental é valido, porém esse é um ensinamento relativo e dual, e nós não devemos nos deter aí. Contudo, compreender que "a doença não existe" é uma Verdade absoluta e eterna, e essa conscientização é que constitui a nossa verdadeira meta. Uma vez que consigamos isso, viveremos totalmente livres como peixes na água. [...]
Masaharu Taniguchi

E Agora José?-Drummond grande Poeta


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O Espelho de Gandhi




A vida me ensinou que as pessoas são amigáveis, se eu sou amável; que as pessoas são tristes, se estou triste; que todos me querem, se eu os quero; que todos são ruins, se eu os odeio; que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio; que há faces amargas, se eu sou amargo; que o mundo está feliz, se eu estou feliz; que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva e que as pessoas são gratas, se eu sou grato.
A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta. A atitude que eu tome perante a vida é a mesma que a vida vai tomar perante a mim.
Quem quer ser amado, ama. O caminho para a felicidade não é reto. Existem curvas chamadas EQUÍVOCOS, existem semáforos chamados AMIGOS, luzes de cautela chamadas FAMÍLIA, e tudo se consegue se tens: um estepe chamado DECISÃO, um motor poderoso chamado AMOR, um bom seguro chamado FÉ, combustível abundante chamado PACIÊNCIA, mas acima de tudo um motorista habilidoso chamado DEUS!"

Grande Gandhi!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Bomba D'água...um aprendizado.





 Um homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede.
 Eis que ele chegou a uma cabana velha, desmoronando, sem janelas, sem teto.
 Andou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou, fugindo do calor do sol  desértico.
 Olhando ao redor, viu uma velha bomba de água, bem enferrujada.
  Ele se arrastou até a bomba, agarrou a manivela e começou a bombear, a bombear, a bombear sem parar.
 Nada aconteceu.
 Desapontado, caiu prostrado, para trás.
 E notou que ao seu lado havia uma velha garrafa.
  Olhou-a, limpou-a, removendo a sujeira e o pó, e leu um recado que dizia:
 "Meu Amigo, você precisa primeiro preparar a bomba derramando sobre ela toda água desta garrafa. Depois faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir, para o próximo viajante."
 O homem arrancou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava a água.
 A garrafa estava quase cheia de água!
 De repente, ele se viu num dilema.
 Se bebesse aquela água, poderia sobreviver.
  Mas se despejasse toda aquela água na velha bomba enferrujada, e ela não funcionasse morreria de sede.
 Que fazer?
 Despejar a água na velha bomba e esperar vir a ter água fresca, fria, ou beber a água da velha garrafa e desprezar a mensagem?
 Com relutância, o homem despejou toda a água na bomba.
 Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear... e a bomba e pôs-se a ranger e chiar sem fim.
 E nada aconteceu!
 E a bomba foi rangendo e chiando.
 Então, surgiu um fiozinho de água, depois, um pequeno fluxo e finalmente, a água jorrou com abundância !
 Para alívio do homem a bomba velha fez jorrar água fresca, cristalina.
 Ele encheu a garrafa e bebeu dela ansiosamente.
 Encheu-a outra vez e tornou a beber seu conteúdo refrescante.
 Em seguida, voltou a encher a garrafa para o próximo viajante.
 Encheu-a até o gargalo, arrolhou-a e acrescentou uma pequena nota:
 "Creia-me, funciona. Você precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta."

 ***Várias lições preciosas podemos extrair desta estória ...
 Quantas vezes temos medo de iniciar um novo projeto pois este demandará um enorme investimento de tempo, recursos, preparo e conhecimento.
 Quantos ficam parados satisfazendo-se com pequenos resultados, quando poderiam conquistar significativas vitórias.
 E você...?
 O que falta para despejar esta garrafa de água que você guarda e está prestes a beber, e conseguir água fresca em abundância de uma nova fonte?
Reflita!!!
Confie e tenha persistência

quarta-feira, 6 de março de 2013

De Quem é o Olhar...Fernando Pessoa




De Quem é o Olhar-de quem é o olhar
Que espreita por meus olhos?
Quando penso que vejo,
Quem continua vendo
Enquanto estou pensando?
Por que caminhos seguem,
Não os meus tristes passos,
Mas a realidade
De eu ter passos comigo ?

Às vezes, na penumbra
Do meu quarto, quando eu
Por mim próprio mesmo
Em alma mal existo,

Toma um outro sentido
Em mim o Universo —
É uma nódoa esbatida
De eu ser consciente sobre
Minha ideia das coisas.

Se acenderem as velas
E não houver apenas
A vaga luz de fora —
Não sei que candeeiro
Aceso onde na rua —
Terei foscos desejos
De nunca haver mais nada
No Universo e na Vida
De que o obscuro momento
Que é minha vida agora!

Um momento afluente
Dum rio sempre a ir
Esquecer-se de ser,
Espaço misterioso
Entre espaços desertos
Cujo sentido é nulo
E sem ser nada a nada.
E assim a hora passa
Metafisicamente.

Fernando Pessoa

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A BARBÁRIE ESOTÉRICA.


Não há dúvida de que a palavra “esotérica” já esteve no seu devido lugar, isto é, esteve conotada como o “secreto”, o “interno”, o lado “irrevelado”. Obviamente o termo fazia sentido, pois certos conhecimentos não podem ser recebidos senão por aqueles que, por assim dizer, se esforçaram para abrir suas mentes e trabalharam a expansão do seu ser a partir da compreensão de seus condicionamentos e da triagem pelos caminhos do autoconhecimento. Atualmente o termo esotérico está extremamente desgastado, desfocado de seu autêntico significado, pois se reveste de uma panacéia de correlações com pseudo-misticismos, oráculos milagrosos, energias de pirâmides, sintonias sinistras e tantas outras derivas, que atuam como amortecedores e narcóticos para muitos. É que, em geral, as pessoas preferem continuar se iludindo com “fogos-fatuos” e recusam-se a aprofundar seus estudos sobre a natureza da mente humana e seus possíveis estados de consciência, assim como sobre as possibilidades de sua expansão. Recusam-se também a conhecer a natureza do silêncio interno, que, aliás, não é um estado possível de ser produzido por nenhuma química, nem por repetições de sons ou mesmo posturas ritualísticas, mas sim que surge quando o ser humano amadurecido por sua auto-sinceridade e pelo acordar de sua legítima espiritualidade se torna capaz de estar altamente atento aos movimentos de seus pensamentos e emoções. Atento também aos “por quês” de suas identificações com esta ou aquela outra corrente de idéias, e, em seguida, compreendendo que tudo isso, na verdade, não constitui a expressão da sua essência. São “agregados psíquicos” que se incorporam na psique, dificultando a expressão do seu ser real.
Para que não haja deslumbramento por “fogos pintados em tela”, é necessário que se tenha contato com o “fogo vivo”, e só é possível vivenciar tal realidade quando houver menor dependência de estímulos sensoriais e fantasiosos, quando houver a libertação da ânsia de fazer “brincadeirinhas” com tarôs, energias de cristais e outros tantos aspectos pseudo-esotéricos, supondo que estes aspectos secundários, embora estudados de maneira séria dentro da óptica do autêntico esoterismo, possam levar-nos a uma vivência do verdadeiramente sagrado. O sagrado, em primeiro lugar, não é parceiro de artimanhas do ego de ninguém, dispensa “pompas”, “ritualismos” e qualquer exaltação em relação ao chamado mundo “sobrenatural (como se o “natural” não fosse, em si mesmo, uma magnífica expressão da mesma e suprema unidade consciente presente na base e na constituição de todas as coisas e leis existentes no universo visível e invisível).
O Grande Mestre Jesus foi contundente em suas palavras, ao dizer que: “O reino de Deus está dentro de vós”. Mas o que significa este “dentro”? Certamente não se refere aos agregados de memória, colhidos em nossa trajetória existencial, nem a tudo aquilo que penetrou no Homem pelas portas dos sentidos orgânicos. É preciso esforço: onde está este “dentro”? O que é ele? Seria a personalidade, com suas vicissitudes e flutuações constantes? É fato que as dimensões física, mental e emocional acabam mantendo o ser humano cativo por toda sua existência, sem que ele saiba disso. Existiria, entretanto, “algo” dentro do homem que transcende estas dimensões? O mestre sugere que sim. Como é possível, então, encontrar este tesouro? Seria através das conquistas da ciência? Através da identificação com uma religião, em que os posicionamentos são apenas sobre crença? Seria através do alcance intelectual acerca das “verdades” ditas pelos filósofos?
Provavelmente todas essas incursões poderão auxiliar, mas certamente não serão suficientes. O grande mistério que pode transmutar o homem, tirando-o do cativeiro e tornando-o liberto, não pode ser alcançado pelo pensamento condicionado e identificado, ele só pode se apresentar ao íntimo do homem quando o mesmo tiver esgotado todos os esforços conscientes oriundos do seu “ego personal”. Tanto a concepção materialista do universo quanto as concepções pseudo-espiritualistas, às quais o homem se agarra, terão que ser superadas no progressivo caminho do autoconhecimento.
Com a clareza na interpretação do próprio conhecimento científico, compreende-se que o descortinamento de novos horizontes é resultante da expansão da mente humana, haja vista a ocorrência, nessa primeira década do terceiro milênio, do fim do paradigma mecanicista, o fim de modelos mecanicistas que tentavam explicar o Universo e a Vida em bases grosseiramente materiais. A matéria é em si mesma um motivo suficiente para percepção e sensação de que as formas materiais possuem relações de correspondência com a realidade da Consciência. Essas manifestações materiais nada significariam sem que existisse tal Consciência. É preciso estar consciente de que, de acordo com a visão atual da Física, “a matéria é energia congelada”, ou seja, matéria, ao contrário do que muitos supõem, é constituída por algo que não é matéria.
As investigações da biologia, por sua vez, demonstram que os alimentos existentes para todos os seres vivos da terra, sem exceção, são uma dádiva da energia solar, e não vai aqui metáfora alguma. O estudo sobre a fotossíntese deixa claro que a síntese de matéria orgânica (ex.: carboidratos) é feita a partir da matéria inorgânica (ex.: “CO2 e da “H2O”) devido à atuação da energia luminosa. Na realidade a energia que está presente nos alimentos provém da luz solar. Num certo sentido, portanto, todos os seres vivos do planeta terra são “lucífagos”, e mais: toda a vida orgânica do nosso planeta é inequivocamente, uma dádiva do Sol.
Dentro dos limites da ciência existem muito mais mistérios em suas entrelinhas do que naquela panacéia supostamente esotérica referida anteriormente. A palavra “esotérico” parece ser suficiente para produzir um certo “Frenesi” em muitas mentes ávidas por prodígios, que logo a revestem de um halo “misterioso”, mas “a palavra não é a coisa” e a “coisa”, certamente não caberá em nenhuma palavra. A natureza é a expressão de uma unidade consciente, de uma mente viva, inconcebível apenas pela massa cefálica, limitada por condicionamentos memorizados e identificados pela força da cognição imitativa. Pela análise de tudo aquilo que o próprio pensamento científico tem sondado nos últimos cem anos, constata-se que o materialismo não pode ser sustentado nem mesmo pela ciência, afinal ela já possui o enfoque da física quântica, já sabe que a chamada “matéria” não possui sua estruturação na própria matéria, ela provém de algo que não é matéria. Quando, portanto, Einstein constatou que “matéria” é “energia congelada”, ele sentenciava, dentro do ambiente acadêmico, a derrocada de um modelo mecanicista do universo.


Maurício Tovar.

domingo, 20 de janeiro de 2013

POETAS DE AMANHÃ



POETAS DE AMANHÃ: 
arautos, músicos
cantores de amanhã!
Não é dia de eu me justificar
e dizer ao que vim;
mas vocês, de uma nova geração,
atlética, telúrica, nativa,
maior que qualquer outra conhecida antes
- levantem-se: pois têm de me justificar!

Eu faço apenas escrever
uma ou duas palavras
indicando o futuro!
faço tocar a roda para a frente
apenas um momento
e volto para a sombra
correndo.

Eu sou um homem que, vagando
a esmo, sem de todo parar,
casualmente passa a vista por vocês
e logo desvia o rosto,
deixando assim por conta de vocês
conceituá-lo e prová-lo,
a esperar de vocês
as coisas mais importantes.

(Folhas de relva, 1860)

Biografia -Poeta Vinícius de Moraes!!!


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

REFLEXÃO-KRISHNAMURTI...

"O dia estava muito quente e úmido. No parque havia muita gente estendida nos gramados ou sentadas no banco,á sombra das árvores copadas; tomavam refrigerantes e arfavam, buscando um pouco de ar puro e fresco...
No recesso das matas  devia-se achar aquele peculiar silêncio em que quase se pode ouvir o nascimento das coisas,e as montanhas , com seus vales profundos deviam estar azuis e cheias de fragrâncias.
Mas aqui na cidade...!
A imaginação perverte o percebimento de o que é; no entanto, como nos orgulhamos  de nossa imaginação  e de nosso especular (de especulação). A mente especulativa ,com seus pensamentos  complicados não é capaz  da transformação  fundamental; não é uma mente revolucionária . Vestiu-se  com o que deveria ser  e está seguindo o padrão  de suas próprias projeções limitadas ,confinantes. O que é bom  não está no que deveria ser , ma na compreensão  do que é.  A  imaginação, tal como a comparação , impede o percebimento do que é . A mente tem de por de lado toda a imaginação e especulação para que o REAL tenha existência..."

POSTAGEM EM DESTAQUE

KRISHNAMURTI