O Santuário da Certeza
Estamos no ano 13.300 antes de Cristo.Pode ser também 15.500, não tem importância.Situados nas margens do rio Nilo, no deserto de Gobi, nas estepes siberianas ou talvez nas adjacências do Titicaca , poderia ser também no Maigreb,próximo do Tassili ou no Iucatão. Pode ser conforme as teorias do suíço Erick Von Danniken,que muitos acontecimentos estranhos já tivessem ocorrido na Terra;que uma civilização muito adiantada já tivesse pousado no orbe.Pode ser que um continente lendário não fosse lendário e que a Atlântida tivesse de fato submergido e que um outro a Lemúria, há alguns milênios, já houvesse desaparecido em consequência de um montruoso cataclismo ou, quem sabe? em decorrência de uma hecatombe nuclear. Pode ser que alguns povos se lembrassem de uma época em que outros seres não humanos,porém inteligentes, haviam convivido com os homens; semideuses titãs,pigmeus,harpias e dragões.Pode ser que o homem vivesse num mundo de decadência e de aberrações,assim como poderá acontecer em 2.400 caso não haja uma grande modificação na estrutura mental do ser humano.
A humanidade era constituída pelos remanescentes de uma civilização em que os habitantes do Seara,eram os que melhor se lembravam dos tempos anteriores ao grande desastre.Outros povos como os de Tiauanuco e os do centro do Brasil, que tinham cidades importantes no Piauí,Goiás e Mato-Grosso, haviam se transformado em pequenas tribos que perambulavam a êsmo pelos campos e florestas. Na África,nada mais existia que lembrasse o contato dos povos negros com aquelas naves mecânicas dos atlantes; tudo havia adquirido uma feição primitiva, onde aquelas técnicas de ativação de poderes da mente se transformaram em surperticiosa feitiçaria.Poderia também ter acontecido que no seio de alguns povos, em redutos afastados das multidões ,certos grupos de homens de ciência,tivesse resguardado alguns conhecimentos sobre a cultura da remotíssima antiguidade e que através de processos cuidadosamente herméticos, iam sendo transmitidos de geração em geração com a finalidade de que "num certo dia ", pudessem ser novamente utilizados para a reorganização dos povos através de um trabalho recivilizador. Este grupo,claramente, não poderia deixar de se constituir no "recipiendário"de uma ciência e de uma filosofia totalmente desconhecida pela "massa", sistemas e princípios que se firmavam inconcebíveis para a grande maioria, interpretações da realidade completamente diferente daquelas induções próprias do intelecto ,a se desenvolver livremente consoante o acumulo das causas apreendidas.
Esta hipótese,que encontra sólida sustentação na unicidade simbólica das lendas e dos mitos universais, por si só explicaria a origem da doutrina esotérica em bases "puristas" e justificaria os critérios populares sobre o fato dos magos terem sido guadiães de uma sabedoria trazida de "outro mundo".
Mas pode ser também, que tudo isto não passe de uma grosseira fantasia; pode não ter o mínimo fundamento e que há 13.825 ou 13.119 anos a espécie humana não fosse mais do que a soma daquelas criaturas que, para se distinguir dos outros animais, apenas conhecia o fogo e alguns instrumentos de pedra. E desenhava bisões nas paredes das cavernas pensando atraí-los com isto, em suas caçadas.
Uma coisa porém é indiscutível: se o pensamento dos povos no que se refere ao progresso, tanto material como mental atravessou etapas sucessivas de desenvolvimento, sempre foram registrados os aparecimentos de homens de mentalidade superior à sua época ,guias iniciais de clãs que ofereceram os fatores primordiais para ascensão das ideias, das técnicas e das fórmulas de culto.
A História de quase todos os povos se fundamenta sempre num idealizador inicial, num deus viajeiro de terras distantes. Esta constatação sem dúvida,evidencia que sempre existiu um "círculo de iniciadores". A análise das teogonias nos leva sempre à apreciação de que todos utilizaram a mesma diretriz de ação. No âmago do fenômeno do aparecimento dos primitivos "senhores da terra", o mesmo processo de intuição de uma classe sacerdotal iniciada, portadora de uma cultura então estranha, e aplicadores de uma compulsão ética no seio das populações.Mais ainda o conceito de governo não estava dissociado do conceito da liderança eclesiástica;a teocracia era absoluta porque também as ciências então rudimentares como a medicina,arquitetura e escrita, se encontravam somente nas mãos dos grão senhores dos templos.
A dialética moderna tem confundido a manifestação do espírito religioso com a origem da religião. É certo que a mente humana experimentou uma fase animista(quando admitiu a presença de um elemento não material inerente ao material) e um período magista quando admitiu que poderia ,com a imaginação, exercer influência sobre os acontecimentos, fases que aliás, se revelam no comportamento da criatura ainda hoje, na transição da infância para a juventude. Houve certamente uma transformação das disposições de culto(do animismo ao totemismo) mas o trabalho verdadeiramente organizador do que "devia ser cultuado",foi obra consciente daqueles que haviam transcendido o pensamento geral dos clãs, daqueles que meditando um pouco mais, ou recebendo instruções de quem os podia informar, se encarregaram de erguer os altares e codificar os princípios de alcance ético e socialmente operativos.
Houve povos e ainda os há que nunca chegaram a possuir uma religião;as formas de culto, não chegando a ser digeridas por um mestre , entraram em processo de dissolução, chegando a desaparecer por completo. E não é só o aspecto religioso.Todos os "progressos",técnico, artesanal, artístico, sempre tiveram entre os povos primitivos, a motivação religiosa.Ora, ainda hoje, existem muitas tribos(hoje, "quando o Homem já atingiu a lua"!) - que vivendo em seu isolamento, não conseguiram ultrapassar o neolítico. Por que? Não tem o selvagem segundo os racionalistas é o fator do desenvolvimento humano? Por que povos como os da Nova Guiné e da Austrália, constituído por milhares de pessoas, não conseguiram romper as barreiras do primitivismo e galgar por si mesmos a trilha do progresso?Afinal como dizem os dialétas não tem eles os mesmos elementos endógenos que os outros povos utilizaram?Não experimentaram o mesmo contato com a natureza que realiza as chamadas " causas aprendidas"?Por que sòmente em dois pontos da Terra - No Oriente Médio e no centro asiático - com inclusão do norte da China - e talvez num terceiro ponto da América pré-histórica, nós encontramos as primeiras e autênticas raízes da civilização?
Aqui a interpretação consequente:quem civilizou o mundo não foi o cérebro humano ativado por si mesmo de vez que ele só aprendeu a aprender depois que alguém ou "alguma coisa"ensinou...
QUE É PROGRESSO?
O engenho humano dissociado das FONTES DO ESPÍRITO é uma supinpa balela.E aqui, podemos compreender também a superfluidade da tese que invoca astronautas de outras galáxias para se apresentarem como civilizadores da Terra. Será que ninguém percebe que essa teoria só transfere, mas não resolve o problema da evolução da consciência?Ora, se os astronautas eram profundamente adiantados a ponto de terem vindo a Terra com sua naves espaciais, onde teriam haurido tal ciência,tal tecnologia?Certamente Os defensores dessa tese,teriam que dizer que eram oriundas de civilizações de outras Galáxias e que teriam sido levadas àquelas por outros astronautas.Ora bolas!E quem transmitiu a ciência e a técnica àqueles que civilizaram o tal Planeta de outra Galáxia?
Por que não se pode perceber que se há uma fonte universal de conhecimentos(pois alguém,inicialmente teria que usa-la)não poderia ser diretamente oferecida ao ser humano da Terra?
Pode ser que tenham vindo astronautas à Terra, mas uma coisa não exclui outra. Que o progresso é sempre transmitido, isto é verdade, mas a questão não se situa no geográfico ou no astronômico, o problema é ontológico.É claro que os alunos podem se transformar em professores,mas onde está o mestre inicial?Evidentemente no ESPÍRITO DO UNIVERSO que tanto "anima" o Homem terrestre como poderia animar um marciano ou um galaxiano de Andrômeda ou sabe-se lá de onde...
"Descobrir o Espírito"foi a grande tarefa dos primeiros iniciadores.Pensar em evolução sem a admissão de um fator transcendente, indutor da evolução, aludir a um aprimoramento de idéias, sem se admitir um fator aprimorante; um refinamento da sensibilidade sem a existência de um transcendental fator de aprimoramento, é pensar, é falar como cego para as regras elementares da lógica, é raciocinar como fanático de uma unilateralidade.
As Fontes do Espírito só podem ser duas:O próprio espírito de alguém que, sozinho,descobre verdades que os outros não conhecem(por intuição) ou as informações, chegadas de alguém que, faz as mesmas descobertas pelo mesmo processo.Em linguagem mágica:só pode proporcionar o progresso aquele que dá passividade ao verbo.
Que verbo?-a indefinível atividade criadora do espírito de alguém que realiza a descoberta da sua realidade em si mesmo; a voz misteriosa, conhecida por uns poucos, a qual os próprios não sabem se é sua ou se vem de fora e que determina: poder fazer uso da sua imaginação por que eu estou aqui para regulá-la.
Quando a imaginação for absurda, haverá uma advertência;quando a imaginação for harmônica podemos dizer siga esta diretriz!
"faça a tua parte que eu te ajudarei"
Citamos o
Verdadeiro progresso;que seria?
De certo, o oposto desta caminhada que talvez pudesse conduzir a humanidade a algum lugar, se conhecessemos a estrada pela qual passar e se houvesse de fato a certeza de um fim de jornada. Não havendo uma coisa nem outra, o que conhecemos é o falso progresso, o progresso imaginário ou quando muito o progresso indefinido.
Que é progresso?Ter hoje o que não tínhamos ontem?A construção da hidrelétrica pelo operário que não poderá pagar sua conta de luz?A pílula anticoncepcional na mão da mocinha "quente "ou ainda os automóveis comprados com o financiamento das "Caixas Econômicas"?
O verdadeiro progresso só pode ser aquele que pertence ao Espírito, porque só o Espírito compete a tarefa de criar o progresso.
Confundimos progresso com as modificações de algumas estruturas sociais em decorrência do avanço dos recursos técnicos e do condicionamento ideológico imposto às multidões por "condicionadores condicionados",eruditos e eloquentes.Certamente só os grandes mestres da sabedoria e da compaixão foram autênticos criadores do progresso.Inicialmente emprestaram o conhecimento que faltava as multidões para que sempre que fosse necessário, pudesse surgir do seu seio uma nova doutrina popular que minorasse as aflições coletivas e fomentasse novos entusiasmos capazes de dar surgimento a outros mestres e outros iniciadores.
Ao criar as religiões, também os mestres foram condicionadores porém absolutamente conscientes, ao contrário do que ocorre hoje.Eram homens identificados com a concepção infinita e a dinâmica da verdade, que compreendendo o sono da humanidade, se empenharam em traduzir em símbolos,dogmas,lendas e rituais, tudo aquilo que percebiam no santuário do Espírito.
Gênese natural do esoterismo e da magia aplicada.
Compreendendo a imensa fragilidade de conceptiva das multidões, dissociadas do interesse que não o instintivo,a espantosa falta de sentido de quem nascia,vivia e morria sem saber porque e para que, a incrível ingenuidade de uma espécie entregue a imaginações confusas por demais apegadas a libido da Terra, que fizeram? Adaptaram! sitetizaram em formúlas simples aquilo que é inatingível pelo intelecto muito menos,pelas induções instintivas;em suma :realizaram a fé para substituir a falta de alcance, o temor para contrabalançar a pobreza de sentimentos e a piedade para sugerir o verdadeiro amor.
(Alódio Továr)
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